terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

MÃE DESNECESSÁRIA

Há algum tempo recebi este artigo da Marcia Neder e considero importante compartilhar com vocês. O texto diz respeito ao desapego, esse sentimento tão difícil que devemos nutrir em relação aos nossos filhos.
Espero que gostem!


Mãe desnecessária
A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo. Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase e ela sempre me soou estranha. Até agora. Agora que minha filha
adolescente, aos quase 18 anos, começa a dar vôos-solo. Chegou a hora de reprimir de vez o impulso natural materno de querer colocar a cria embaixo da asa, protegida de todos os erros, tristezas e perigos. Uma batalha hercúlea, confesso. Quando começo a esmorecer na luta para controlar a super-mãe que todas temos dentro de nós, lembro logo da frase, hoje absolutamente clara. Se eu fiz o meu trabalho direito, tenho que me tornar desnecessária.
Antes que alguma mãe apressada venha me acusar de desamor, preciso explicar o que significa isso. Ser 'desnecessária' é não deixar que o amor incondicional de mãe, que sempre existirá, provoque
vício e dependência nos filhos, como uma droga, a ponto de eles não conseguirem ser autônomos, confiantes e independentes. Prontos para traçar seu rumo, fazer suas escolhas, superar suas frustrações e cometer os próprios erros também. A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão umbilical. A cada nova fase, uma nova perda é um novo ganho, para os dois lados, mãe e filho. Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse vínculo não pára de se transformar ao longo da vida.
Até o dia em que os filhos se tornam adultos, constituem a própria família e recomeçam o ciclo. O que eles precisam é ter certeza de que estamos lá, firmes, na concordância ou na divergência, no
sucesso ou no fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o conforto nas horas difíceis.
Pai e mãe - solidários - criam filhos para serem livres. Esse é o maior desafio e a principal missão. Ao aprendermos a ser 'desnecessários', nos transformamos em porto seguro para quando eles
decidirem atracar.
Márcia Neder

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

MEU FILHO HARE KRISHNA MEU ORGULHO

Quando minha filha mais nova cruzou a sala de visitas com a mochila nas costas e disse: - “Vou morar no templo”, chorei incessantemente durante quarenta e oito horas. Havia decidido que enquanto aquela dor não saísse completamente de mim, eu não pararia de chorar.
Ela não só foi morar no templo, mas também deixou o país! Passou um tempo no Chile e se estabeleceu no templo em Lima, no Peru.
Em meu desespero, fui encontrá-la no Peru. Queria saber onde morava, o que fazia, o que comia, o que vestia, com quem andava, ela tinha 21 anos, meu bebê!
No ônibus, a caminho de Cuzco, a crise de lágrimas voltou. Tudo era muito novo, diferente, estranho... Minha filha me viu chorando e sugeriu que eu cantasse o Maha Mantra Hare Krishna. Com desdém peguei a japa e comecei a cantar.
Cada volta são 108 contas de tulasi, a árvore sagrada da Índia ou 108 Cantos. Na quarta volta, comecei a sentir algo diferente. Não sentia mais tanta angústia, tanta dor, tanta tristeza, comecei até a sentir vontade de voltar para o Brasil!... O que seria isso? Assim, de repente?
Na ocasião, tive capacidade apenas de achar interessante... Minha revolta era maior! Trabalhei tanto para dar educação para essa menina! Tanto colégio pago e ela se torna uma “Hare Krishna”? O que vai ser a vida dela agora? Vai vender incenso? Vai parar de estudar? Era o caos!
Com esta introdução quero trazer você para um mundo novo, chamado “Minha Filha Hare Krishna, Meu Orgulho”
Você poderá trocar idéias comigo sobre:
  • Como se sente a mãe de um filho Hare Krishna
  • Como reconhecer no seu filho a vocação religiosa
  • O dom
  • Os momentos de fraqueza
  • O desapego
  • Como apoiá-lo
  • A Missão Vrinda
  • Os Quatro Princípios
  • Como Colaborar com a Missão
  • Maha Mantra Hare Krishna